Neste blogue, vou escrever sobre Águas Belas, deixando memória de um tempo que já não existe, mas que temos a obrigação de não esquecer. Dedico-o à minha mãe, sem o saber dela, o que escrevi não teria sido possível, e a todas as pessoas de cá, andem por onde andarem.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2021
Contos tradicionais - A raposa e o lobo
segunda-feira, 6 de dezembro de 2021
Contos tradicionais - A raposa e a cegonha
11.
A raposa e a cegonha
Era uma vez
uma raposa que se julgava mais esperta do que outro qualquer animal da
floresta. Um dia, encontrou-se com a cegonha e convidou-a a jantar em casa
dela. A cegonha aceitou o convite e no dia marcado lá estava em casa da raposa.
A raposa fez
papas para o jantar e colocou-as num prato largo e pouco fundo. A pobre
cegonha, como tem um bico comprido, não conseguiu comer nada, picava, mas não
conseguia apanhar nada com o bico.
Depois do
jantar, não se deu por achada, despediu-se, agradeceu o jantar e convidou
também a raposa para ir lá jantar a sua casa. A raposa aceitou o convite e no
dia combinado lá estava na casa da cegonha.
A cegonha
também fez papas para o jantar, mas meteu-as numa garrafa de gargalo estreito.
A raposa não pode comer, não conseguia meter a língua no gargalo da garrafa, só
apanhava os restos que caiam do bico da cegonha.
A raposa
ficou aborrecida, mas entendeu a lição: não é só ela que é esperta, a cegonha
também é esperta e pagou-lhe com a mesma moeda. Quem faz mal, não pode esperar
bem.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2021
Contos tradicionais - A lenda das rosas
10.
A lenda das rosas
Era uma vez
uma rainha muito bondosa, casada com o rei D. Dinis (no tempo em que foi
construído o castelo do Sabugal), que todos os dias saia do seu palácio para
distribuir dinheiro pelos pobres.
Um dia o
rei, estranhando as saídas da rainha, sempre escondendo alguma coisa no regaço,
perguntou-lhe:
- O que
levais no regaço, senhora? São esmolas para os vossos pobres?
- Não, meu
senhor. São rosas; rosas colhidas no jardim.
A rainha
abriu o manto e, em vez de moedas, começaram a cair rosas do seu regaço. A
partir desse dia, o povo chama, ao que aconteceu, o milagre das rosas e à
rainha, a rainha Santa Isabel.
segunda-feira, 29 de novembro de 2021
Contos Tradicionais - A cigarra e a formiga
9.
A cigarra e a formiga
Era uma vez
uma cigarra que, durante todo o verão, passou os dias a cantar, sempre em
grande diversão. Um dia encontrou-se com uma formiga que levava um grãozinho de
cereal para o buraco e perguntou-lhe:
- Por que
trabalhas tanto? Vem divertir-te, aproveitar estes dias de sol, gozar a vida,
enquanto podes.
A formiga
convenceu-se que era verdade, juntou-se à cigarra e puseram-se as duas a
cantar. Passados dois ou três dias, apareceu a formiga rainha que lhe disse:
- No mundo
das formigas, todas têm de trabalhar, não é umas a trabalhar e outras a olhar,
vem já para o formigueiro fazer a tua parte, senão no inverno não comes o que
as companheiras guardaram.
A formiga
viu que a formiga rainha estava certa, deixou a cigarra e foi para o
formigueiro fazer o seu trabalho. A cigarra não quis saber, continuou a cantar
e a descansar. No inverno, não tinha nada, nem para comer nem para se aquecer.
Estava a passar muito mal, quando resolveu bater à porta do formigueiro a pedir
ajuda:
- Ajudem-me
que tenho muito frio e muita fome!
- Passaste
os dias de verão a cantar, não trabalhaste, agora, não te podemos ajudar –
responderam as formigas que vieram à porta.
- Se não me
ajudam vou morrer, já estou muito mal!
Chamaram a
formiga rainha e contaram-lhe o que se passava com a cigarra. Decidiram, então,
ajudá-la, por essa vez, apenas. Mandaram-na entrar e deram-lhe comida.
Mas, a
cigarra aprendeu a lição: ficou a saber que tem de trabalhar e de guardar o alimento
suficiente no verão para ter o que comer no inverno.
sexta-feira, 26 de novembro de 2021
Contos tradicionais - A lenda da mulinha doirada
8.
A lenda da mulinha doirada
Dizem que no
tempo dos romanos, que andaram por estes lados, um senhor muito rico enterrou,
no campo, um tesouro para que os mouros o não levassem: uma mulinha de oiro com
freio e sela. Do cabeço das Fráguas, Pousafoles, a olhar na direção da Guarda,
até ao cabeço do São Cornélio, Dirão da Rua, a olhar na direção de Sortelha,
quem o tesouro procurar o irá encontrar, sem muito cavar. Um tesouro que será
encontrado por sacho de homem ou relha de arado, em sítio cultivado.
Apesar
destas pistas, ainda, ninguém o encontrou.
segunda-feira, 22 de novembro de 2021
Contos tradicionais - Nosso Senhor, o discípulo e as cerejas
7.
Nosso Senhor, o discípulo e as cerejas
No tempo em
que Nosso Senhor andava por este mundo, ia muitas vezes pregar de terra em
terra. Certo dia, deslocava-se, acompanhado por um discípulo, debaixo de um sol
abrasador. A certa altura do caminho, viram uma moeda caída no chão.
- Apanha a
moeda – disse Nosso Senhor ao acompanhante.
- São só
cinco réis, não dão para nada. Não vale a pena apanhá-la.
Então, Nosso
Senhor baixou-se, apanhou a moeda e meteu-a no bolso.
Quando
chegaram à terra mais próxima, com a moeda, comprou cerejas.
Continuaram
o caminho e o calor cada vez era mais forte. O discípulo começou a sentir muita
sede, mas não havia fonte, onde pudesse beber água. Ao vê-lo aflito com tanta
sede, Nosso Senhor meteu a mão ao bolso, tirou uma cereja e deixou-a cair.
O discípulo
ao ver a cereja no chão, baixou-se, rapidamente, apanhou- a e comeu-a.
A seguir,
Nosso Senhor deixou cair, uma a uma, todas as cerejas que tinha comprado. E
sempre o discípulo se baixou para apanhar cada uma das cerejas que o Mestre
deixava cair ao chão, para as comer e assim ir matando a sede.
No final,
Nosso Senhor disse-lhe:
- Então, não
te quiseste baixar, uma única vez, a apanhar a moeda e baixaste-te tantas vezes
para apanhar as cerejas que eu fui deixando cair?
- Tinha
muita sede, Senhor!
- Ah, meu
amigo, quem deita fora o achado, por pouco que seja, vem mais tarde a pedir,
com trabalho dobrado, o que tinha desaproveitado.
quarta-feira, 17 de novembro de 2021
Contos tradicionais - O sapateiro pobre
O
sapateiro pobre
Era uma vez
um sapateiro pobre que vivia com a mulher e os muitos filhos que tinha. Ganhava
pouco, mas vivia feliz. À noite, pegava na sua viola, tocava e cantava com os
filhos à volta.
Em frente da
casa do sapateiro pobre, vivia um homem muito rico que, ao ver aquela pobreza,
pensou em dar um saco cheio de dinheiro ao sapateiro. Chamou-o e disse-lhe:
- Tenho pena
que passe tanta necessidade, aqui tem este saco cheio de dinheiro para poder
melhorar a sua vida e a dos seus filhos.
O sapateiro
pobre nem queria acreditar, com aquele dinheiro podia mudar a sua vida para
muito melhor. Nessa noite já não tocou viola e já não houve cantoria. Meteu-se
num quarto com a mulher a contar o dinheiro. Mas os filhos, que andavam pela
casa a fazer barulho, fizeram com que ele se enganasse mais do que uma vez. Foi
difícil contarem tanto dinheiro, mas o pior veio a seguir, não sabiam o que
fazer com ele.
- Metemos o
dinheiro dentro de um cântaro de barro e vamos enterrá-lo – disse a mulher.
-Não,
podemos esquecer-nos do sítio e perder o dinheiro, para sempre.
- Então,
vamos metê-lo numa arca cá em casa.
- Não,
porque podem vir cá e roubar a arca.
- O melhor,
então, é comprar terras que ninguém as leva.
- Não, o
melhor é levantar a casa e arranjar a oficina.
- Não, se
levantamos a casa, gastamos tudo e ficamos outra vez sem nada.
Discutiram e
voltaram a discutir, sobre o que fazer com o dinheiro, mas não chegaram a um
acordo. O homem zangou-se, ralhou com a mulher e com os filhos e, nessa noite,
em vez de alegria, houve choro e tristeza. O sapateiro pobre pensou: “se eramos
felizes antes termos o saco do dinheiro o melhor é entregá-lo de volta ao
vizinho rico”.
Assim fez.
Foi entregar o saco do dinheiro ao vizinho rico.
- Ó homem,
então, traz-me o dinheiro de volta?
- Não quero
esta riqueza, porque só me trouxe tristeza. Quero voltar para a minha vida de
sapateiro pobre, ganhar o pão de cada dia e, à noite, tocar e cantar, como
dantes, com os meus filhos à volta.
Afinal, ter
muito dinheiro, pode não fazer as pessoas mais felizes.
sábado, 13 de novembro de 2021
Contos tradicionais - O rato do monte e o rato do moinho
. O
rato-do-monte e o rato do moinho
Um dia um
rato-do-monte encontrou-se com um rato do moinho e começaram a conversar.
- Estás tão
magrinho. Estás doente ou passas fome no monte – perguntou o rato do moinho?
- Estou
magrinho, porque no monte há pouca comida.
- Anda
comigo para o moinho que lá nunca falta nem grão nem farinha de trigo, de centeio
e de milho. Olha para mim como estou gordinho!
- Não sei se
me vou lá dar bem, sempre vivi no monte.
- Vais-te
dar bem, sim; de barriguinha cheia, só podes ficar melhor, mais gordinho e mais
luzidio.
Assim foi.
Lá foram os dois a caminho do moinho. Chegados à porta, o rato-do-monte disse
para o rato do moinho:
- Entra tu
primeiro que sabes os cantos ao moinho e eu vou atrás.
Mas, mal
entraram, apareceu um gato que saltou logo para cima deles. O rato do moinho,
que conhecia bem todos os cantinhos, enfiou-se, logo, num buraco para fugir das
garras do gato. O rato-do-monte, que não conhecia os cantos ao moinho e não
sabia onde se esconder, só teve uma saída: saltar porta fora e fugir de novo
para o monte.
Já no monte
e a salvo, pensou: “mais vale magro no mato, do que gordo na barriga do gato”.
terça-feira, 9 de novembro de 2021
Contos tradicionais - O pastor e o lobo
4.
O pastor e o lobo
Era uma vez
um pastor que guardada um rebanho de ovelhas. Todas as manhãs, saia para o
monte, mesmo nos dias mais frios de inverno, quando a neve cobria tudo de
branco. Nos dias mais quentes de verão, nem sequer vinha a casa, as ovelhas
ficavam no bardo, durante a noite, guardadas por um cão, enquanto ele dormia na
choça.
Às vezes,
cansava-se daquela vida de pastor, de andar tanto tempo sozinho no monte, sem
falar com ninguém. Um dia, resolveu pregar uma partida às pessoas da aldeia e
começou a gritar:
- Aí vem
lobo, aí vem lobo… é o lobo, é o lobo…
As pessoas,
ao ouvirem aquele grito de aflição, tocaram o sino para juntar o povo e todos
juntos foram ajudar o pastor a salvar o rebanho do lobo.
Mas,
chegaram lá e não viram lobo nenhum, nem lobo nem pastor e as ovelhas
continuavam a pastar descansadas no campo.
Disseram,
então, uns para os outros:
- O malandro
do rapaz enganou-nos, nunca houve lobo nenhum. Foi só para se rir à nossa
custa.
E era
verdade, o pastor tinha-se escondido, atrás de um monte, a ver tudo e a rir-se
por ter enganado as pessoas.
Passados uns
tempos, resolveu repetir o que tinha feito e começou a gritar:
- Aí vem
lobo, aí vem lobo…, acudam-me, acudam-me…
As pessoas,
ao ouvir os gritos do pastor, disseram:
- Pode ser
engano, mas também pode ser verdade, vamos lá outra vez ajudá-lo.
Tocaram o
sino, juntou-se a gente e lá foram para o monte salvar o rebanho do lobo. Mas
quando chegaram, foi outra vez a mesma coisa, não viram nem lobo nem pastor e
as ovelhas continuavam a pastar. Ele lá estava no mesmo sítio, escondido e a
rir-se por ter de novo enganado o povo.
Mas desta
vez, as pessoas ficaram ainda mais zangadas e disseram umas para as outras:
- Não
voltamos cá a vir. Então, não tem nenhum jeito esta brincadeira do rapaz!
Quando voltar a pedir ajuda, já ninguém vai acreditar nele.
E assim foi.
Um dia o lobo apareceu de verdade, entrou para dentro do bardo e preparava-se
para dar cabo do rebanho. O pastor começou a gritar com toda a força que tinha:
- É lobo, é
lobo…, é mesmo o lobo, é mesmo o lobo…, ajudem-me…
Mas, desta
vez, as pessoas, julgando que era outra mentira do rapaz, cumpriram o que
tinham dito, não foram ajudá-lo.
O pastor
sozinho não pode lutar contra o lobo que comeu mais de metade das suas ovelhas.
Nem a ajuda do cão lhe valeu.
Tantas vezes
mentiu que, quando disse a verdade, ninguém acreditou nele. É assim que acontece
aos mentirosos.
sexta-feira, 5 de novembro de 2021
Contos Tradicionais - O velho, o rapaz e o burro
3.O
velho, o rapaz e o burro
Era uma vez
um homem já de idade que vivia sozinho com um neto, numa aldeia, no cimo de um
monte. Um dia foram até ao mercado da vila com o burro que tinham. Saíram de
casa com o burro aparelhado, com a albarda e os alforges, o velho à frente e o
rapaz atrás.
Passaram por
umas pessoas que ao vê-los disseram:
- Ora, ora,
com um burro tão forte e vão os dois a pé!
Disse,
então, o velho para o neto:
- Rapaz,
sobe para o burro que eu continuo a pé.
O rapaz
assim fez, saltou logo para cima do burro.
Passado
algum tempo, passaram por outro grupo de pessoas e ouviram dizer:
- Ora, ora,
que jeito tem, o rapaz novo sentado no burro e o pobre do velho a pé.
- Salta do
burro rapaz que agora monto eu, a ver se já não têm que dizer.
O rapaz
assim fez. Desceu do burro, para subir o avô.
Mas, pouco
depois, voltaram a passar por outro grupo de pessoas e ouviram dizer:
- Ora, ora, uma
destas, o velho descansado em cima do burro e o pobre do rapaz a pé.
- Rapaz sobe
também, vamos os dois no burro.
Mas não
tardou nada, passaram por outro grupo de pessoas que logo disseram:
- Ora, ora,
os dois em cima do pobre burro que mal pode com um!
- Rapaz:
andámos de todas as maneiras e sempre houve quem dissesse que não estava bem,
vamos descer do burro e caminhar os dois a pé, eu à frente e tu atrás, como
quando saímos de casa.
Não podemos
agradar a todos, umas pessoas pensam de uma maneira e outras pensam de outra,
por isso cada um deve pensar pela sua cabeça e fazer o que acha melhor.
segunda-feira, 1 de novembro de 2021
Contos tradicionais - O rapaz e o ceguinho
2-
O rapaz e o ceguinho
Era uma vez
um ceguinho que andava, de porta em porta, a pedir esmola, guiado por um rapaz.
Naquele dia, uma senhora deu-lhe um bocado de pão com chouriça.
O rapaz, que
era muito espertalhão, pensou logo em meter a chouriça no bornal, para a ir
comendo às escondidas e dar o pão seco ao ceguinho.
O ceguinho
começou a comer o pão e disse ao rapaz:
- Cheira-me
o pão a chouriça!
- Não cheira
a chouriça. Pode acreditar que não me deram chouriça, só me deram pão seco.
- Nada
disso, meu velhaco, comeste a chouriça e deste-me o pão sozinho.
Começaram,
logo, uma discussão: um a dizer que não, outro a dizer que sim, até que o
ceguinho pegou no bordão e deu umas bordoadas nas costas do rapaz.
- Também não
é para tanto – grita o rapaz cheio de dores.
Ficou tão
zangado que pensou logo que o cego lhe ia pagar aquelas pancadas. Mais à
frente, no caminho, quando passaram junto de umas árvores, o rapaz orientou o
ceguinho para uma árvore e disse-lhe:
- Salte que
é um muro.
O ceguinho,
julgando que era um muro, saltou e bateu com a cara no tronco de um sobreiro.
Ficou com a cara toda esmurrada e também cheio de dores.
O rapaz
disse-lhe, então:
- Cheira-lhe
o pão a chouriça e não lhe cheira o sobreiro a cortiça!
- Seu
velhaco, não posso confiar em ti!
O ceguinho
andava pela mão do rapaz, pensando que ele era de confiança e afinal não podia
confiar nele.
sexta-feira, 29 de outubro de 2021
Contos tradicionais - A lebre e o caracol
Contos tradicionais
Todas as
crianças gostam de ouvir histórias e quase todos os adultos as sabem contar,
mesmo que lhes acrescentem um ponto ou outro. O mesmo faço aqui, conto algumas
das histórias que ouvi e que todos ouviram às mães, aos pais e aos avós, para
que não se percam e continuem a ser contadas.
1-
A lebre e o caracol
Era uma vez
uma lebre e um caracol que combinaram fazer uma corrida, a ver quem chegava
primeiro à meta. A lebre riu-se e pensou para si: “pobre caracol, como vai ele
fazer uma corrida comigo”!
Partiram ao
mesmo tempo e, num instante, a lebre apanhou uma grande dianteira. Quando olhou
para trás, viu que o caracol, ainda, tinha andado muito pouco.
- Posso bem
descansar, aqui debaixo desta árvore, que o caracol não me apanha tão depressa
– pensou a lebre.
Assim, foi.
Pôs-se a descansar, mas logo se deixou dormir. O caracol continuou a corrida,
devagar, como são os passos do caracol, mas sem nunca parar. Quando passou pela
lebre, ao vê-la a dormir, pensou que podia chegar, ao final da corrida, em
primeiro lugar.
E foi isso o
que aconteceu. Quando a lebre finalmente acorda, olha para todos os lados e não
vê o caracol, começa a correr o mais que pode, mas o caracol já a tinha
ultrapassado há muito tempo e preparava-se para cortar a meta.
A lebre teve
de aceitar a vitória do caracol. Se não se tivesse posto a dormir, a pensar que
era muito fácil vencer o caracol, não tinha perdido a corrida.
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