Mostrar mensagens com a etiqueta pão da caridade. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta pão da caridade. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 9 de março de 2021

A morte de alguém - o enterro, o pão da caridade e a novena

 

O enterro   

Em tempos mais antigos, o enterro era feito só com um senhor padre que ia a casa já com o acompanhamento, a cruz e as lanternas, fazer a primeiras orações; depois, o cortejo fúnebre dirigia-se para a igreja, era dita a missa e feita a última encomendação da alma já no cemitério.

Só quem tivesse possibilidades económicas pedia um enterro com ofícios; eram cerimónias diferentes. Vinham seis ou até mais senhores padres, celebravam os Ofícios, depois a missa e a seguir o enterro.

A partir de determinada altura, meados dos anos setenta, quando começou a haver mais possibilidades, quase todas as pessoas queriam que os seus familiares tivessem um enterro com Ofícios.

Agora, por falta de senhores padres, voltamos a ter enterros sem Ofícios. 

 

O pão da caridade

Nos anos sessenta, ainda, se distribuía, no dia do enterro, pão às pessoas presentes no acompanhamento. Chamavam-lhe o pão da caridade e a intenção era dar uma esmola pela alma da pessoa falecida.

Era partido às fatias, colocado em açafates de verga, guardado na casa de um vizinho e distribuído quando saia o funeral. Todas as pessoas tiravam uma fatia, beijavam o pão e guardavam-no ou davam-no a algum pobre que andasse a recolhê-lo; havia sempre pobres a recolher o pão.

  

A novena

No dia a seguir ao enterro, começa uma novena pela alma da pessoa falecida. Ainda hoje, se reza essa novena. Quase todas as pessoas vão ao terço dos mortais, pelo menos as que podem. Rezam-se na capela.