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quarta-feira, 22 de abril de 2020

A roupa do tempo mais antigo



A das raparigas


As raparigas andavam sempre de lenço na cabeça e de xaile aos ombros. O lenço podia ser preto ou de cores, havia aqueles de lã de merino, estampados, com uma silva a toda a volta que parecia bordada, muito bonitos. O xaile era um mais quente no inverno e um mais leve no verão, podia ser de merino, mas nem toda a gente podia tê-lo, porque era caro. As raparigas casavam-se  de saia e casaco ou saia preta e blusa branca, não se olhava, não havia para mais. Era como se podia, muita gente o que mais comprava era chita, só para alguma festa se comprava um tecido melhor.

A das mulheres


As mulheres andavam com aquelas saias compridas, plissadas ou rodadas, com uma blusa branca ou de cores e, por cima, um casaco de aba, daqueles apertadinhos à cintura. Esse casaco era o luxo, daquele tempo, ainda mais, os que eram de veludo, mas nem toda a gente os podia ter, porque o tecido era muito caro. 
Quase nunca se comprava roupa nova, só nalguma festa ou nalgum dia assinalado. 

A dos homens

 Os homens vestiam sempre o mesmo, ceroulas, calças, camisas, coletes e casacos; no tempo frio, usavam samarras e capotes de um tecido quente e forte, chamava-se burel. Havia quem usasse “safões”, uma espécie de sobre-calça, de lã de ovelha, usados para aquecer as pernas. No verão e para o trabalho o que mais se usava era o "cotim", um pano azul, resistente, que durava muito.