quarta-feira, 30 de março de 2022

Os jogos que jogávamos - saltar à corda

 

O saltar à corda

 

O jogo podia ser individual, com uma corda pequena, a pessoa, à medida que lançava a corda, saltava, mais depressa, mais devagar, conforme quisesse; também, podia jogar-se em grupo, duas pessoas pegavam nas extremidades de uma corda, que não podia ser muito pequena, e começam a dar à corda num movimento circular.

As participantes entravam na roda e começavam a saltar, conforme o movimento da corda, havia várias formas de saltar. Às vezes, estavam muito tempo, até não aguentar mais, desistiam por cansaço e não por terem perdido; outras vezes, saiam para descansar e voltavam a entrar; também, podia saltar, mais que que uma pessoa, ao mesmo tempo.

Quando se prendesse a corda num pé ou se pisasse, perdia-se o jogo, não se podia tocar na corda, normalmente quem perdia ia dar à corda.

sexta-feira, 25 de março de 2022

Os jogos que jogávamos: o cativo

Formavam-se duas equipas, com os jogadores que estivessem – não era preciso um número certo; no campo, traçava-se uma linha ao meio e, na parte detrás, do campo de cada uma das equipas, traçava-se uma linha a marcar a zona de cativeiro. 
O objetivo do jogo era atravessar o campo inimigo, sem ficar cativo. Era preciso correr, perceber os movimentos, desviar as atenções, investir em conjunto com outros companheiros..., de modo a entrar e a sair sem ser apanhado. 
Quem fosse apanhado, ia para o cativeiro e só um jogador amigo o podia salvar. Para isso, era preciso atravessar o campo adversário, ir até à zona de cativo, tocar-lhe com a mão e dizer: “livre”; então, juntos, tentavam fugir para o seu campo, sem serem apanhados. 
A equipa que deixasse aprisionar todos os seus elementos, perdia. Era um interessante jogo de estratégia, mesmo que tivesse ares de alguma agressividade, nunca ninguém se aleijava.

terça-feira, 22 de março de 2022

Os jogos que jogávamos - as cinco pedrinhas

Jogava-se em qualquer lado, era um jogo de habilidade, quase como um malabarismo. Lançavam-se as pedrinhas (muito pequeninas, redondas) ao chão, de modo a ficarem o mais juntinhas possível; depois, agarrava-se uma das do chão, lançava-se ao ar e, ao mesmo tempo, com a mesma mão, apanhava-se uma do chão e a que se tinha lançado ao ar; o jogo seguia, sempre lançando uma ao ar e apanhando do chão, agora, duas, depois, três e, a seguir, quatro. Havia outras combinações e outras formas de lançar; o jogo ia passando, de nível em nível, sempre com um maior grau de dificuldade e de destreza. Muitas pessoas nunca passavam dos primeiros níveis, outras sabiam jogar tão bem que era num instante enquanto terminavam um jogo.

sexta-feira, 18 de março de 2022

Os jogos que jogávamos - o cântaro

Durante o tempo da Quaresma, jogava-se ao cântaro. Eram cântaros de barro que já não serviam para ir à fonte; tinham rachadelas, estavam sem asas ou com algum outro defeito. O objetivo era não deixar cair o cântaro, porque se caísse, por ser de barro, partia-se e o jogo terminava. Numa roda, o cântaro era lançado e apanhado com as mãos, passava de mão em mão, mas, às vezes, complicava-se, era lançado, não para o jogador seguinte, mas para outro qualquer da roda; se este não estivesse atento, o cântaro estava sujeito a cair e a partir-se. Quando se partia o cântaro, era uma risada… Às vezes, andava-se tempo, neste jogo e o cântaro não se partia, outras vezes, era logo.

domingo, 13 de março de 2022

Os jogos que jogávamos - Um, dois, três, macaquinho chinês

Havia uma linha de partida, onde estavam todos os jogadores, à exceção daquele que comandava o jogo e que se encontrava uns metros à frente, encostado, podia ser a uma parede de uma casa. De costas voltadas para os colegas, dizia: - Um, dois, três, macaquinho chinês. Enquanto esta frase era dita, os jogadores deslocavam-se, o mais depressa possível, em direção da parede. Quando a criança que comandava o jogo acabava de dizer esta frase, voltava-se para trás e se visse alguns, a mexerem-se, dizia-lhes: - Tu vais lá para trás; e tu também, e tu também... Os que eram apanhados tinham de voltar ao princípio do jogo. Se não visse ninguém, não podia mandar ninguém para trás e os jogadores iam-se aproximando-se, cada vez mais, da parede. Ganhava o jogo, o primeiro que conseguisse tocar na parede sem ser visto; quem ganhava, passava a dirigir o jogo.

quarta-feira, 9 de março de 2022

Os jogos que jogávamos - puxar à corda

9. Puxar à corda Faziam-se duas equipas, com cuidado, para não ficarem muito desequilibradas, ao nível da força; traçava-se uma linha no chão e cada equipa puxava, com toda a força que tivesse, a corda para o seu lado. Quando um dos jogadores da frente pisasse a linha, a sua equipa perdia. Também, quando um ou vários elementos de uma das equipas caíssem no chão, a equipa perdia.

sexta-feira, 4 de março de 2022

Os jogos que jogávamos - As escondidas

8. As escondidas Escolhe-se um ponto, para o início e o fim do jogo, pode ser junto a um muro alto, à parede de uma casa...Uma das crianças começa a fazer a contagem, contra esse muro ou essa parede, de olhos fechados, para não ver para onde as outras se iam esconder. Contava até dez, até quinze, como se combinava, para dar tempo a que os outros se escondessem. Acabada a contagem, dizia: -Aí, vou eu. Começava a procura. Os que estavam escondidos tinham de sair dos esconderijos e chegar ao sítio do jogo sem serem apanhados. Se alguém era apanhado, enquanto fugia ou enquanto estava escondido, perdia e passava a apanhar os outros. Muitas vezes, quem estava a apanhar não apanhava ninguém e tinha de continuar a contar e a apanhar.