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domingo, 17 de novembro de 2019

O Marquês de Arronches foi senhor das terras da freguesia de Águas Belas

 D. Henrique de Sousa Tavares  (1626- 1706), 1º Marquês de Arronches, também 3º Conde de Miranda do Corvo e 28º Senhor da Casa de Sousa (wikipedia).

Portanto, a partir de 1677, as famílias que aqui viviam seriam “caseiros” que tinham “à cabeça” esse Marquês de Arronches. Quem era este senhor? Porque é que o rei lhe deu as terras da freguesia? O que fez para desenvolver o povoamento? Foram suas até quando? Como foi feita a divisão das terras? Por que é que uma família (a do senhor Saldanha) tinha mais do que o resto da população? E a existência dos baldios, deve-se a quê?
Só uma pesquisa histórica rigorosa, com acesso a fontes, poderia clarificar algumas destas questões e outras, por exemplo, saber o que se passou do século XIII ao século XVII, nomeadamente, em relação à posse das terras; se voltam a ser doadas no século XVII, é porque, em alguma altura e por alguma razão, voltaram para a coroa.


sábado, 16 de novembro de 2019

Respostas do Pároco de Águas Belas ao inquérito de 1758


Sobre o forte  do Roduto 


Neste mesmo livro, refere-se, ainda, que Águas Belas. “Tem um forte a que chamam Roduto, aonde se recolhem quando há alguma invasão de inimigo que está em parte arruinado e caído” (p. 324). Quem era o inimigo não é dito, mas sabe-se que foi o período das invasões francesas, talvez, por aqui, tenham andado soldados franceses a combater. Deste forte, não chegou, até nós, qualquer vestígio, no entanto, existe o sítio da Reduta, bastante próximo da povoação.


Sobre  a pertença  ao concelho de Sortelha até 1855  


Castelo de Sortelha
Águas Belas pertenceu ao concelho de Sortelha, até 1855. É possível ler, na carta de foral deste concelho (p. 226): “Águas Belas. Goza dos privilégios que gozam os caseiros encabeçados do Regedor, Governador e Desembargadores da Suplicação, concedidos por D. Pedro II, Regente em 1677, ao Marquês de Arronches, senhor desta terra, sendo governador do Porto (Águas Belas, c. Sabugal)”; “Águas Belas. «Tem juiz anual espadano ou da vara eleito e aprovado pela câmara de Sortelha...”.

sábado, 9 de novembro de 2019

Respostas que o Pároco de Águas Belas deu ao Inquérito de 1758


Sobre a paróquia            



O então prior de Águas Belas, António Baptista da Guerra, na resposta a esse inquérito, fornece diferentes informações: “aqui viviam 81 famílias/fogos; 196 pessoas com confissão e comunhão; 39 de confissão somente; 60 pequenos que ainda não se confessam (p. 193). No total, seriam 295 pessoas na freguesia de Águas Belas. O prior tem de côngrua de 160.000 a 180.000 réis, entre frutos certos e incertos (p. 241); a igreja matriz pertence ao Marquês de Arronches, senhor destas terras (p. 324).

Sobre a igreja e capelas          



São assinalados os cultos ao Menino Jesus, a Santa Maria Madalena, a padroeira da igreja, e à Senhora do Rosário (p. 270-271); e a existência da confraria de Santa Maria Madalena (p. 295) e da irmandade das Almas (da Senhora do Rosário). 
São referidas, também, duas capelas, São Salvador e São Sebastião. Portanto, as capelas de cá e de Vale Mourisco já existiam, nessa altura; as capelas da Senhora do Carmo, na Quinta do Clérigo, e a de São Marcos, no Espinhal, são posteriores a esta data.