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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Lojas de venda - as medidas

 

 

Uma balança de pratos iguais  

As medidas aferidas

Todas as medidas eram aferidas; vinha alguém, da câmara municipal, ver se estavam certas: da parte da taberna, aferiam o litro, o meio litro, o quartilho e meio quartilho; da parte da mercearia, o quilo, o meio quilo, os duzentos, os cem e os cinquenta gramas.

Os cartuchos

Vinham já feitos, dobrados uns em cima dos outros. Eram de papel manteiga grosso, podiam ser acinzentados ou avermelhados, havia-os de um quilo, de meio quilo e, se calhar, até, maiores e mais pequenos. Quando se queria abrir um, para pôr dentro a massa, o arroz, o açúcar..., metia-se a mão até ao fundo e o cartuxo tomava logo a forma de um saco. Para fechar por cima, juntavam-se as extremidades, dava-se uma dobra ou duas e dobrava-se, ainda, um bocadinho das pontas e virava-se; ficava um saco quase perfeito e bem fechado.[1]

As medidas rasas

Para medir cereais, pão, milho, feijão..., havia também medidas certas, feitas de madeira: o alqueire (16 litros), o meio (8 litros), a quarta (4 litros) e o litro; enchiam-se e passava-se por cima um “rasadoiro”, uma espécie de régua de madeira, para se tirar o que estivesse a mais.

Estas medidas não existiam só nas vendas, todas as pessoas as tinham em casa, estavam sempre a ser precisas para se medir uma coisa ou outra. 

 

[1]Agora, por preocupações ambientais, voltaram estes sacos, é frequente vê-los, embora o papel seja diferente.