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Uma balança de pratos iguais |
As
medidas aferidas
Todas as
medidas eram aferidas; vinha alguém, da câmara municipal, ver se estavam
certas: da parte da taberna, aferiam o litro, o meio litro, o quartilho e meio
quartilho; da parte da mercearia, o quilo, o meio quilo, os duzentos, os cem e
os cinquenta gramas.
Os
cartuchos
Vinham já
feitos, dobrados uns em cima dos outros. Eram de papel manteiga grosso, podiam
ser acinzentados ou avermelhados, havia-os de um quilo, de meio quilo e, se
calhar, até, maiores e mais pequenos. Quando se queria abrir um, para pôr
dentro a massa, o arroz, o açúcar..., metia-se a mão até ao fundo e o cartuxo
tomava logo a forma de um saco. Para fechar por cima, juntavam-se as
extremidades, dava-se uma dobra ou duas e dobrava-se, ainda, um bocadinho das
pontas e virava-se; ficava um saco quase perfeito e bem fechado.[1]
As
medidas rasas
Para medir
cereais, pão, milho, feijão..., havia também medidas certas, feitas de madeira:
o alqueire (16 litros), o meio (8 litros), a quarta (4 litros) e o litro; enchiam-se
e passava-se por cima um “rasadoiro”, uma espécie de régua de madeira, para se
tirar o que estivesse a mais.
Estas
medidas não existiam só nas vendas, todas as pessoas as tinham em casa, estavam
sempre a ser precisas para se medir uma coisa ou outra.
[1]Agora, por preocupações ambientais, voltaram estes
sacos, é frequente vê-los, embora o papel seja diferente.