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domingo, 24 de novembro de 2019

A lenda do topónimo de Águas Belas

A  açude de que fala o texto já não existe. Imagem da açude num dia de novembro de 2019 

Há muito tempo atrás, diz-se que as pessoas iam de noite guardar a água de um açude que servia para regar os campos lá para os lados da Lameira, da Barbeira e de todos esses chãos, chamados os “chões” da Açude.
Guardar a água de noite, era “velar a água”, ficar de vela, sem dormir, para guardar a vez, à espera que fosse dia e se pudesse começar a regar. Da expressão “águas velas” surgiu a designação “águas belas”, apenas, a troca do v pelo b.
Já mais perto de nós, a água do açude continuou a ser dividida pelos donos dos terrenos – a chamada água de adua – conforme a quantidade de terra que cada pessoa tinha. Quem tinha mais terra, ficava com mais dias de água, quem tinha menos, ficava com menos dias e quem tinha só uma “sortinha”, podia ficar só uma manhã ou uma tarde.