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domingo, 6 de junho de 2021

Os bailes - a ronda, chamar as raparigas

 Os bailes

Havia bailes com concertina, em dias assinalados: Carnaval, Páscoa, São João, dia da inspeção militar, bicas, dias de festa e noutros dias; havia alturas, que todos os domingos havia baile. Havia cá dois tocadores, o senhor Aníbal e o senhor Clemente, mas também vinham tocadores de outras terras. 

Dançava-se ao fundo do povo, mas a maior parte das vezes, era no largo da capela, ao fundo das escadas do ti João da Costa ou atrás da capela.

 

A ronda

Nessa altura, os bailes eram à tarde e à noite. Quando chegava o tocador, os rapazes da malta davam logo umas voltas ao povo, a anunciar que o baile ia começar. Às vezes, podiam começar poucos, mas, no fim da ronda, era já uma “maltinha” grande; eram só rapazes, as raparigas não andavam à ronda. Nos dias de festa, havia sempre um foguete ou outro que alguém, dos da ronda, deitava.

 

Chamar as raparigas

Antigamente, os rapazes iam às casas, a seguir à ceia, chamar as raparigas para o baile. Se não as fossem chamar, os pais não as deixavam ir de noite, a não ser que tivessem irmãos mais velhos. Era uma espécie de responsabilidade:

- Deixa ir a sua filha para o baile?

. Deixo-a ir, porque tu a vieste chamar. Mas vê lá, não quero que aconteça nada de mal.

- Fique descansado.

Este uso acabou há muito tempo.