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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Serviços e tradições religiosas - ministras da comunhão...

 

As ministras da comunhão

Quando começou a haver menos senhores padres, em algumas paróquias, passaram a existir leigos com o papel de ministros da comunhão.

Aqui, houve duas ministras da comunhão, talvez, a partir dos primeiros anos da década de noventa, as senhoras Zaida Augusta Dias e Maria da Ascenção Jorge, que se dispuseram a servir a comunidade. A primeira fez, durante muitos anos, sempre que foi preciso, a proclamação da palavra e a distribuição da comunhão; a segunda acompanhou e ajudou na distribuição da comunhão.

Desde há algum tempo, há três novas ministras da comunhão, as senhoras: Adélia, Estrela e Maria José que servem a igreja e a comunidade paroquial.

 

As pessoas que orientam as rezas

São rezas que podem ser conduzidas por qualquer pessoa, desde que saiba, tenha devoção e disponibilidade. Todos recordamos várias pessoas; às vezes, eram as raparigas a fazer o terço ou as cruzes.

Mas, durante muito tempo, quem conduziu todas as rezas, fossem novenas dos mortais, acompanhamentos, cruzes, terços, mês de Maria, mês das Almas..., foi a senhora Zaida Augusta Dias, sempre com a mesma vontade e o mesmo espírito de serviço.

Já há algum tempo, quem conduz as rezas, prestando o mesmo serviço às pessoas e à paróquia, é a senhora Adélia Nunes Leal. 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Serviços e tradições religiosas - as catequistas

  

As catequistas

Ensinar catequese, desde as crianças mais pequeninas, que se preparam para a primeira comunhão, até aos jovens que fazem o crisma e a comunhão solene, é um importante serviço prestado à igreja e às famílias.

 Cada domingo, a seguir à missa, as crianças e os jovens de cá, do Espinhal e da Quinta do Clérigo, participavam na catequese. Havia vários “Volumes” (as partes do catecismo) e às vezes várias catequistas para cada Volume, normalmente, eram as raparigas que davam a catequese orientadas pelo senhor padre. Os catecismos eram pequenos livrinhos, com texto e algumas imagens, a que as crianças daquele tempo prestavam particular atenção.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Serviços e tradições religiosas - as irmandades, a Sagrada Família

 

As irmandades

Havia as Irmandades das Almas e do Sagrado Coração de Jesus. Era costume os homens assentarem-se nas irmandades, pagavam uma pequena contribuição e tinham direitos e também deveres de todos os irmãos dessa Irmandade.

Por exemplo, se morria um irmão, em Vale Mourisco ou noutra anexa, a irmandade das Almas tinha de ir lá, com as insígnias, a representar a irmandade. Também, mandavam dizer missas pelos irmãos que faleciam e pelos já falecidos, para além da missa das almas, todos os meses. No final, de cada ato da Irmandade, faziam a chamada – as mulheres podiam substituir os homens, mas quem faltava pagava, uma pequena esmola.

Cada irmandade tinha as suas insígnias, bandeiras, cruzes, lanternas e opas. Quando passou a haver menos gente, tornou-se impossível manter as irmandades como existiam e foram acabando; agora, distribuem as opas aos homens que estão e são eles que levam as insígnias, seja nos enterros, seja noutros atos religiosos.

 

A Associação da Sagrada Família

É uma tradição muito antiga, cá no povo; andava pelas casas a imagem de uma Sagrada Família que agora está na capela. Foi interrompida, durante alguns anos, e retomada depois com a imagem de uma Sagrada Família mais pequena.

Cada mês, visita a casa das pessoas; recebe-se num dia à noite e entrega-se a outra pessoa, no dia seguinte, também, à noite. Todas as pessoas têm um livrinho, para fazerem as orações de chegada e de despedida da Sagrada Família; durante a noite, nunca se deixa às escuras, tem-se sempre uma luz a alumiar. Costuma dar-se também uma esmola que se coloca no sítio próprio. Estas esmolas são para mandar dizer missas pelas intenções de todas as pessoas associadas.

A Associação tem uma zeladora que toma conta das esmolas e se encarrega de mandar dizer as missas.

 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Serviços e Tradições Religiosas - As Mordomias (3)

 

O mordomo de São Sebastião

O mordomo de São Sebastião tem de zelar pela capela, é quem tem a chave. Sempre que é necessário, quando há procissões, tem de limpar, compor o altar, abrir a porta e tocar a sineta. Também, prepara a festa do santinho, no dia 20 de janeiro, tira a esmola e manda dizer a missa, em honra e louvor de São Sebastião.

Se for ano de festa, o mordomo tem ainda de compor o andor e de se encarregar de tudo o que diz respeito à participação de São Sebastião nas cerimónias da festa.

 

Os mordomos de Santo António

Primeiro, os mordomos de Santo António eram os rapazes solteiros, depois, passaram a ser os homens casados. Os mordomos faziam tudo o que tivesse a ver com a organização da festa: pediam as janeiras e a esmola, antes da festa; procuravam e contratavam o pregador, a banda da música, os foguetes e o fogueteiro, as licenças necessárias e, a partir de determinada altura, até o acordeonista ou o conjunto.

Agora, deixaram de nomear novos mordomos, já não pedem a janeira nem as esmolas pelas portas, quem quer dá igual, antes, ou no dia da festa. Ultimamente, estes mordomos têm sido voluntários, quem quer e tem devoção propõe-se a organizar a festa e trata de tudo.

 

O mordomo das Almas

O mordomo das almas tira a esmola, nas missas do domingo e toma conta de tudo o que lhe pertence fazer durante o ano em que serve.

 

As mordomas dos altares

Antes, cada altar tinha umas mordomas, raparigas que compunham cada domingo e se encarregavam de tudo o que tivesse a ver com esse altar, fosse o andor, o trono de Nossa Senhora, fosse o presépio... Também, colaboravam na limpeza da igreja.

Há já muito que deixou de ser assim; esse trabalho foi distribuído pelas senhoras do povo, cada mês é um grupo.

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Pessoas, serviços e tradições religiosas (2)

   

A comissão da igreja

São as pessoas que tomam conta de todos os assuntos da igreja, nomeadamente, as receitas e as despesas correntes, mas também do resto que é necessário fazer, considerando o bem de toda a paróquia. É um trabalho exigente e de responsabilidade. A toda a hora, é preciso tomar conta de alguma coisa e isso exige tempo e vontade em ajudar a comunidade.[1]

 

As mordomias

Todas as pessoas servem nas mordomias, incluindo os emigrantes, o trabalho é anual e quem sai, nomeia os mordomos do ano seguinte. As mais importantes são a da igreja, a de Santo António, a de São Sebastião e a das Almas; havia outras, naquele tempo, todos os santinhos tinham mordomos, para enfeitarem os andores, cuidarem das esmolas e tratarem do que fosse preciso.

 

O mordomo da igreja

É a mordomia que dá mais trabalho, começa e termina no mês de junho. O mordomo da igreja é também mordomo da Nossa Senhora do Rosário, antes, tocava às Ave-marias, logo, de manhã cedo, antes do nascer do sol, e às Trindades, ao anoitecer. Nos domingos, toca o sino, tira a esmola para o Santíssimo e ajuda à missa. Está também encarregue, durante esse ano, se houver batizados, casamentos, funerais, confissões ou outro serviço religioso, de preparar o que for necessário. Faz, ainda, a Volta dos Reis.[2]

 



[1] Nesta altura, o presidente da comissão da igreja é o senhor Raul José Luís.

[2] Neste ano de 2020-2021, são mordomos da igreja Armindo Firmino e Isabel Firmino.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Serviços e tradições religiosas - o pároco

  A religião ocupava um lugar central na vida de todas as pessoas. As crianças batizavam-se logo de pequeninas e nunca mais deixavam de ir à igreja, faziam a catequese, a primeira comunhão, o crisma, o casamento e depois a morte.

 

Pessoas e serviços 

A pessoa mais importante na paróquia é o senhor padre, mas para que tudo esteja bem organizado e a funcionar como dever ser muitas outras dão o seu trabalho e o seu contributo.

 

O pároco

Nessa altura, os párocos da freguesia de Águas Belas eram também da freguesia de Penalobo, mas residiam cá. Deslocavam-se de mota de um lado para o outro. Talvez, o que tenha estado mais tempo, tenha sido o senhor padre Proença, que vivia com a família, a mãe e duas irmãs, mas só uma estava habitualmente, chamava-se Lucinda e teve um papel muito importante, na catequese, nas rezas e na vida igreja.

A côngrua

Os senhores padres residiam na casa paroquial e recebiam uma côngrua, um rendimento anual que lhes permitia viver. Primeiro, era dada em géneros, sobretudo, pão, conforme as possibilidades das famílias (dois, um, alqueires, um meio, uma quarta...). Mais tarde, passou-se a pagar a côngrua em dinheiro.

Tinham, também, o dinheiro das missas e de outros serviços religiosos – batizados, casamentos, enterros... – ainda, assim, não parecia ser uma coisa demasiada, a não ser nas paróquias grandes.