Tratar do renovo
Depois das
sementeiras, março e abril, havia sempre que fazer nos “chões”. O verão era o
tempo de mais trabalho e do trabalho mais duro: os fenos, as ceifas, as malhas,
as regas...; saia-se logo de madrugada, para aproveitar o fresco da manhã; pela
hora do dia, ninguém podia aguentar o calor, tinha-se de estar em casa; só
pelas quatro, cinco, horas se voltava de novo aos campos, até ao anoitecer. No
fim do verão, ainda havia muito trabalho, tinham de se tirar as batatas, de
fazer as vindimas e de apanhar a castanha e a bolota...
E mesmo de
inverno, o trabalho no campo nunca acabava. Era preciso acartar a comida e a
cama para o vivo.
Ir à comida e à cama do vivo
Todos os
dias se tinha de tratar da comida do vivo, ir à erva, ao milho, à ferrem, aos
nabos..., ao que houvesse nos campos e os animais pudessem comer na loja.
Também, a
cama do vivo era um trabalho diário, feita com rama de giestas, cortadas para
isso, com palha, “figueitos” (fetos) e outro palhiço que houvesse nos campos e
se pudesse trazer. De vez em quando, tirava-se o estrume da loja e renovava-se
toda a cama.
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