A
igreja cheia
Aos
domingos, a igreja enchia-se de gente, antes, muito mais do que agora. Todos os
emigrantes iam à missa, adultos, jovens e crianças, de cá, do Espinhal e da
Quinta do Clérigo. Conversavam umas com as outras, à saída, pelo adro, cá fora,
na estrada, no fundo do povo... Se fosse ano da festa de Santo António, então,
ainda, mais gente havia e maior animação, com os preparativos e os dias da
festa.
Os
mercados
Já se sabia
que, mal principiava agosto, os preços, nas lojas e nos mercados, aumentavam,
sem outra razão que não fosse alguns comerciantes quererem ganhar, num mês, o
que ganhavam, durante o resto do ano todo, em que havia muito pouca gente.
Apesar deste
aumento desmesurado dos preços, os mercados enchiam-se, porque, comparando os
preços de lá com os que de cá, era muito mais barato comprar aqui. Estávamos
muito longe dos preços marcados e do euro que agora não permite fazer nada
disso.