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terça-feira, 4 de agosto de 2020

As tecedeiras

CURIOSIDADES: – TEARES PELO MUNDO (c/fotos e vídeo) | A Tecelagem ...
Tecedeira num tear antigo


Havia vários teares cá no povo, uma pessoa ou outra teciam para fora, por exemplo, uma senhora chamada Josefa Máxima. Primeiro, quando ainda se cultivava o linho, urdiam-se teias de linho fino, para fazer lençóis, toalhas de mesa e lavatório e até camisas para os homens..., e teias de linho grosso, estopa, para fazer sacos para o pão, para as batatas e para o que fosse preciso.
Quando se começou a comprar tecido nos mercados, as tecedeiras quase deixaram de urdir teias de linho, muitas passaram só a tecer mantas de farrapos.

Fiar, fazer meadas e novelos

O linho fiava-se com uma roca e um fuso. Colocava-se na roca, depois de passar pelo “sedeiro”, na posição correta; o fio passava pela roca, era torcido pelos dedos e enrolava-se no fuso.
Depois de fiado, tirava-se do fuso e colocava-se numa “rodinha” para se fazerem as meadas. As meadas eram cozidas e lavadas, várias vezes, as que fossem precisas, até ficarem branquinhas; usavam-se cestos com palha e cinza, como se fazia nas “barrelas”. Quando estivessem bem lavadas, punham-se a enxugar.
Por último, depois de tratadas e secas, as meadas eram colocadas, uma a uma, num “argadilho” para se fazerem os novelos que serviam para urdir as teias nos teares.

Mantas de farrapos

Os farrapos faziam-se da roupa velha, já rota; cortavam-se em tirinhas, um centímetro e meio, era a olho, e enrolavam-se num novelo. Iam-se guardando os novelos que se iam fazendo, uns ao pé dos outros, e, quando se tivesse o suficiente, mandava-se tecer uma manta. Nesse tempo, serviam para tudo, até na cama se deitavam, faziam peso sobre as mantas de pêlo e ajudavam a aquecer.