Havia coisas típicas dos mercados e das feiras que foram desaparecendo com o tempo, mas que muitos ainda recordam, certamente.
O
regateio
Nos mercados
e feiras tinha-se de saber regatear, para se poder comprar por um preço mais ou
menos de acordo com o valor do produto que fosse. Pediam sempre muito mais, às
vezes, o dobro do valor. Fosse o que fosse que se comprasse, era preciso
oferecer menos, muito menos. A única maneira de não comprar mal, era perguntar
o preço da mesma coisa, em várias tendas, não comprar na primeira e começar por
oferecer uma quantia baixa, para dar margem para o regateio. Os vendedores, sempre
que podiam, sempre que tinham margem de lucro, entregavam as coisas; mas,
quando podiam vender, deixavam as pessoas ir embora. E o freguês é que decidia
se queria voltar lá ou não.
O
reclame
Estava
sempre o homem ou a mulher do reclame a anunciar o milagre da pomada da “banha
da cobra” que curava tudo, que se podia pôr em todo o lado, só em cima de
feridas é que não – muitas pessoas acreditavam nesta pomada do reclame; do chá
africano que tratava todas as doenças; do remédio que aliviava os calos...e
muitas coisas mais eram anunciadas.