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quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

O dia a dia - o trabalho do vivo


 Era um trabalho diário que ocupava mais do que uma pessoa. Era preciso tratar dos animais na loja de manhã e à noite e durante o dia levá-los a pastar.

Na loja

 Logo de manhã cedo, mais, os homens, iam deitar de comer a todo o vivo da loja, erva, milho, ferrem, nabos...; também, ordenhavam as vacas e as cabras, se fosse altura disso. Às vacas, no tempo frio, davam “beberagens”, caldeiros de água quente, com nabos partidos e farelo. À noite, outra vez, era preciso deitar comida, fazer a cama, ordenhar..., chamavam-lhe “acomodar o vivo”.


Na pastagem 


Um lameiro de feno e pastagem

  Todos os dias, se o tempo estivesse bom, se levava o vivo a pastar, para lameiros, tapadas e “chões”, onde houvesse erva e pudessem comer. No verão, por causa do calor, levava-se umas horas, pela manhã, depois, trazia-se para a loja e só voltava a sair, pela tarde. No inverno, muitas vezes, por causa do tempo mau, o vivo não podia sair, então, deitava-se-lhe mais comida na loja.
Havia certas pastagens, com paredes ou arame farpado e cancelas, onde se podia fechar o vivo, nesses casos, ia-se levar de manhã e só se ia buscar à tarde, mas o que acontecia, mais vezes, era ter-se de guardar.
Guardar o vivo era um trabalho que ocupava os mais velhos e também as crianças; não era difícil, mas exigia responsabilidade, não podiam deixá-lo saltar para os “chões” das outras pessoas, a comer o renôvo ou a fazer outros estragos. Sempre, os pais recomendavam: “não tires os olhos do vivo, cuidado com as cabras, não quero que saltem para lado nenhum, não quero queixas de ninguém”. Podia, uma vez, isso acontecer, mas quem guardava o vivo tinha todo o cuidado.