Era um trabalho diário que ocupava mais do que uma pessoa. Era preciso tratar dos animais na loja de manhã e à noite e durante o dia levá-los a pastar.
Na loja
Logo de
manhã cedo, mais, os homens, iam deitar de comer a todo o vivo da loja, erva,
milho, ferrem, nabos...; também, ordenhavam as vacas e as cabras, se fosse
altura disso. Às vacas, no tempo frio, davam “beberagens”, caldeiros de água
quente, com nabos partidos e farelo. À noite, outra vez, era preciso deitar
comida, fazer a cama, ordenhar..., chamavam-lhe “acomodar o vivo”.
Na pastagem
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Um lameiro de feno e pastagem |
Todos os
dias, se o tempo estivesse bom, se levava o vivo a pastar, para lameiros,
tapadas e “chões”, onde houvesse erva e pudessem comer. No verão, por causa do
calor, levava-se umas horas, pela manhã, depois, trazia-se para a loja e só
voltava a sair, pela tarde. No inverno, muitas vezes, por causa do tempo mau, o
vivo não podia sair, então, deitava-se-lhe mais comida na loja.
Havia certas
pastagens, com paredes ou arame farpado e cancelas, onde se podia fechar o
vivo, nesses casos, ia-se levar de manhã e só se ia buscar à tarde, mas o que
acontecia, mais vezes, era ter-se de guardar.
Guardar o
vivo era um trabalho que ocupava os mais velhos e também as crianças; não era
difícil, mas exigia responsabilidade, não podiam deixá-lo saltar para os
“chões” das outras pessoas, a comer o renôvo ou a fazer outros estragos.
Sempre, os pais recomendavam: “não tires os olhos do vivo, cuidado com as
cabras, não quero que saltem para lado nenhum, não quero queixas de ninguém”.
Podia, uma vez, isso acontecer, mas quem guardava o vivo tinha todo o cuidado.