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sábado, 25 de janeiro de 2020

As arrematações no fim da missa



As arrematações nas escadas da varanda

A varanda das arrematações de antigamente 
A seguir à missa, os mordomos arrematavam, nas escadas da varanda do sino, as esmolas que as pessoas tinham dado em géneros. Podiam ser enchidos, queijos, azeite, um coelho, uma galinha…, o que se tivesse em casa e se visse que podia render a importância que a pessoa desejava dar de esmola.

Os mordomos faziam as arrematações

Se eram esmolas para o Santíssimo, era o mordomo da igreja que fazia as arrematações; mas se fosse para Santo António ou outro santo, eram os mordomos desses santos que arrematavam as esmolas. O mordomo perguntava, a quem oferecia: “peço quanto?” E a pessoa dizia uma quantia. Era essa quantia que, depois, pedia:
- “Vai a arrematar por tanto (dizia o preço), quem dá mais?”
E assim começava a arrematação. Às vezes, havia várias arrematações, mas não era confuso, as pessoas ouviam, levantavam o braço e ofereciam dinheiro, para cobrir o lance anterior. Quando duas ou mais pessoas estavam interessadas na mesma coisa, assistia-se a um despique, o valor subia e rendia bem; outras vezes, não era assim, havia poucos interessados e rendia menos.
Só muito mais tarde, as pessoas deixaram de dar géneros, as esmolas passaram a ser dadas apenas em dinheiro, como ainda hoje acontece.