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domingo, 8 de dezembro de 2019

A situação das famílias - os mais novos


As famílias eram, quase todas, bastante numerosas, cinco, seis, sete, oito ou até mais filhos. Algumas não eram maiores, porque morriam muitas crianças pequenas, à nascença, nos primeiros meses ou anos de vida. 




Nascia-se em casa



Todas as crianças nasciam em casa. Algumas com a ajuda duma pessoa entendida que fazia de parteira, mas sem qualquer formação; outras com a ajuda das mães ou de irmãs mais velhas. Muitas vezes, eram partos difíceis, surgiam complicações, muitos bebés morriam por dificuldades no parto, nasciam já mortos; outras vezes, eram as mães que morriam por falta de assistência. Foi assim, até meados dos anos setenta, quando passaram a nascer na maternidade do hospital da Guarda.


Meninos ao colo



Os bebés andavam sempre ao colo, começavam a passear pelo povo, logo de pequenininhos. Quando as mães queriam fazer qualquer coisa, ficavam com as avós e com os irmãos mais velhos. Mas, quando não havia quem os guardasse, viravam um banco dos da cozinha, desses de palha, e punham lá os meninos. Quando começavam a andar, iam de um lado par ao outro, pela mão dos irmãos e dos pais.


Os mais velhos ajudavam a criar os irmãos



Nessa altura, os filhos mais velhos ajudavam a criar os mais novos. Por isso se dizia que os mais velhos eram os dos trabalhos e os mais novos os do mimo, já não tinham de se preocupar com os irmãos e tinham a atenção e o cuidado de toda a família.
Quando chegavam aos sete anos, a partir da década de cinquenta, já todos iam à escola. Mas isso não os impedia, pelo menos, no tempo bom, de ajudarem os pais com o vivo e outros trabalhos que já pudessem fazer.