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sábado, 18 de janeiro de 2020

A igreja



A igreja

A igreja de Águas Belas
É uma igreja com inscrições que nos levam até ao século XVII. A data mais antiga está no púlpito, 1692, e deve corresponder à primeira construção do edifício. Muito tempo depois, em 1756, construíram a capela-mor, data que aparece inscrita duas vezes, no interior, no arco da capela-mor e, no exterior, na janela da mesma capela. Na coxia, pode ler-se a data de 1849, e no alpendre, há a data de 1952, no entanto, em cima de uma das duas lápides funerárias, aí existentes, há uma data do século XIX. Somos, por isso, levados a pensar que existiram aumentos e reconstruções, ao longo do tempo.
É uma construção granítica, com uma porta grande, ao fundo, por baixo do alpendre, e uma porta pequena, numa das fachadas laterais que dá para o adro; é composta por uma nave central e uma capela-mor.

A nave central

Na nave central, temos dois altares laterais: o do lado direito, em honra da Nossa Senhora do Rosário, ladeado por São José e Santa Teresinha, existindo ainda outro santinho a um lado do altar; e o do lado esquerdo, em honra do Imaculado Coração de Maria, ladeado pelo Sagrado Coração de Jesus e São Caetano, e ainda a imagem do Menino Jesus. São altares antigos, em talha dourada.

A capela-mor

A capela-mor, inicialmente, também, em talha dourada, sofreu um incêndio, nos anos setenta, e, agora, apresenta uma reconstrução moderna. Na parede frontal, está o Sacrário e a Cruz, ladeada por dois pequenos altares: o do lado direito, em honra da Nossa Senhora de Fátima e o do lado esquerdo em honra da Santa Maria Madalena – a padroeira da igreja. Na parede do lado esquerdo, está o altar em honra de Santo António. Em frente, ao sacrário, fica o altar-mor onde se celebra a missa. Na capela-mor há uma porta que dá para a sacristia, onde existe um pequeno arquivo e armários com paramentos, toalhas dos altares e outros objetos destinados ao culto, como confessionários. Numa parede da sacristia, há um lavatório de pedra, metido na parede e coma data de 1756.
O púlpito[1] era o lugar onde se costumavam fazer os sermões, antigamente, há muito tempo que não é assim, agora, todas as homilias são feitas a partir do altar-mor. Nas paredes interiores, na parte superior, podemos ver catorze quadros antigos, mas com imagens nítidas e muito expressivas da via-sacra. Ao fundo da igreja, fica a pia batismal, em pedra. Há também um coro, de onde muitos homens gostam de assistir à missa.

O alpendre


O alpendre tem duas campas antigas, uma delas, com uma inscrição bem visível, do Reverendo Manuel Quadrado Ribeiro que, nos finais do século XIX, foi pároco nesta igreja[2]; no caso da outra campa, por impossibilidade de se poder ler o que sobre ela está escrito, não se pode confirmar a quem pertencia.



[1]Tem uma inscrição em latim que o senhor Padre Francisco explicou que significava “não cesses de falar”, no jornal de Águas Belas que ele publicava – colocarei essa página em anexo. 
[2]Através da consulta dos registos paroquiais da altura, no Arquivo Distrital da Guarda, pode confirmar-se esta informação.