As fontes
A fonte nova |
Havia duas
fontes, que ainda existem, para abastecer de água toda a aldeia: a fonte Nova e
a fonte Velha. De início, eram fontes de mergulho, funcionavam como poços, onde
as pessoas com cântaros de barro e depois com cantaras ou baldes de plástico,
iam buscar água para a sua alimentação e higiene e também para a comida do vivo
e a limpeza das casas.
Mais tarde,
fecharam as fontes, com uma porta de ferro e puseram em cima uma bomba manual;
era preciso dar à bomba, para encher os cântaros. Era a mesma água, mas já não
se mergulhava, ficava mais limpo; nas fontes de mergulho, muitas pessoas não
tinham cuidado e a água sujava-se com palhiço e outras coisas, às vezes, até
criava limos. Uma vez por ano, ou mais, era preciso limpar as fontes;
despejava-se a água e roçava-se tudo bem “roçadinho”: o chão, as paredes e o
teto. A limpeza das fontes era feita pelo povo, num dia combinado.
Os bebedouros
O bebedouro da fonte velha |
Junto às
fontes, havia um bebedouro para o vivo; eram feitos de pedra, com uma fundura
suficiente para todos os animais beberem. De vez em quando, mais à noite,
quando vinham do campo, formava-se uma fila de vacas a querer beber; era
preciso esperar pela vez. Os donos tinham de estar de olho nas vacas, senão,
até, se podiam marrar. Primeiro, quando as fontes eram de mergulho, tirava-se a
água da fonte com baldes, depois dava-se à bomba manual e a água corria para o
bebedouro.
Mais tarde,
construíram-se outros bebedouros, junto aos chafarizes, na Cruzinha, à igreja,
ao cimo do povo...