O
arraial
Depois da
missa, ia-se comer o jantar, toda a gente levava uma merenda; depois do jantar,
juntavam-se grupos, uns, cantavam à senhora da Póvoa, outros, começavam
pequenos bailes.
As
merendas
Cada pessoa
levava o que entendia e o que podia: pão com queijo, chouriça, presunto..., um
coelho assado ou guisado com batatas, bolos de bacalhau, doces..., o que cada
um podia arranjar, porque a posses não eram as mesmas.
Ia-se para
aqueles terrenos, logo do lado de fora do recinto, debaixo de uma oliveira ou
num sítio que se encontrasse bom, estendia-se a toalha e comia-se. As pessoas
estavam próximas umas das outras, podiam oferecer comida ou bebida, se fosse o caso,
mas todas as famílias tinham a sua merenda.
Os
cantares
Havia muitos
grupos de cantadores, uns daqui e outros dali; juntavam-se, por terras ou por
freguesias e começavam a cantar, algumas vezes, ao despique, versos à Senhora
da Póvoa.
- Senhora da
Póvoa/Nossa Senhora da Póvoa/ dizei-me onde morais/ ao fundo da serra de opa/
no meio dos olivais.
- Senhora da
Póvoa/Nossa Senhora tão linda/ chegou a vossa nomeada/aos arrabaldes de
Coimbra.
- Senhora da
Póvoa/Nossa Senhora tão bela/ chegou a vossa nomeada à freguesia de Águas
Belas.
- Refrão:
Senhora da Póvoa/ Nossa Senhora da Póvoa/ viva a velha viva a nova/ viva a
Senhora da Póvoa.
Os
bailaricos
Havia também
muitos bailaricos, com concertina, até. Quem queria e tinha vontade de se
divertir, ia com outros rapazes e raparigas conviver um pouco.