sábado, 22 de maio de 2021

Dias de festa - A festa de Santo António (6)

 

Os bailes

Os bailes também faziam parte da festa, quase sempre, eram dois dias, domingo e segunda-feira. Havia um tocador ou até dois, um para cada dia. Começavam logo à tarde e iam pela noite dentro. No dia da festa, o baile era forte, toda a gente dançava, de cá e de fora, vinha gente de muito lado.

Primeiro, os bailes eram, quase sempre, no largo da capela, depois, passaram-se a fazer no largo da fonte velha, onde ainda se fazem; este espaço tem outras condições, um palco, um recinto arranjado, com bancos para as pessoas se sentarem.[1]

 

O jantar

Era um jantar de festa, com pratos típicos. A sopa era canja de galinha; depois, havia três pratos: cabrito ou borrego guisado, com batatas cozidas; carnes assadas (um bocado do cabrito ou do borrego, um coelho, um galo...) com batatas e “arroz-gordo”, feito com carne. Para a sobremesa usava-se o arroz-doce e a aletria; mais tarde, começaram-se a fazer os pudins. Por fim, vinham os doces (bolos secos, individuais), o pão leve, o bolo pardo e as filhoses.

Faziam-se grandes quantidades de tudo, sempre sobrava comida. Convidavam-se muitas pessoas, da família e dos amigos e, às vezes, apareciam poucas, à hora do jantar, embora, algumas passassem, à tarde – a mesa da festa ficava posta – e outras fossem à hora da ceia.

 

A segunda-feira de festa

Na segunda-feira, a festa continuava, da parte da manhã, havia missa na igreja, toda a gente ia, e a seguir a procissão que levava o andor de São Sebastião para a capela. À tarde e à noite, o baile.

 



[1]Na fonte velha, existem o bar (da Associação) e o Pavilhão Multiusos, feitos há poucos anos; embora separados do que são as festas podem dar algum tipo de apoio, se necessário.

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