quinta-feira, 20 de agosto de 2020

O comércio: vendas à porta

 


As vendas à porta de casa

Durante muito tempo vinham os compradores à porta: “tem batatas para vender? Olhe que venho cá apanhá-las, tal dia”. Na altura das castanhas, a mesma coisa. Quem queria vender, se via que o preço não era mau, aproveitava. Também, havia negociantes de cá, para a batata e a castanha.

Para tudo o que se colhia e criava, havia compradores: uns compravam vacas e bezerros, outros cabras e cabritos, outros ovelhas e borregos, outros porcos e leitões, outros galinhas, frangos, ovos...; até as peles das reses que se matavam se vendiam – punham-se a secar, de modo a não ficarem com nenhuma dobra e depois guardavam-se, até ao dia em que aparecesse um comprador.

O ferro velho

Com o ferro velho, igual, guardava-se até ao dia em que um comprador chegava e levava tudo, pagava pouco ou nada, mas as pessoas livravam-se daquilo que não servia para nada. Ainda agora é assim, o homem do ferro velho já não vem de burra e de saco às costas, mas vem de carrinha e leva o que já não presta.

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