segunda-feira, 17 de agosto de 2020

O comércio - as trocas diretas

 

O comércio era muito pouco desenvolvido. Só se comprava o indispensável, para as pessoas, as casas e a vida do campo. Talvez, os mercados e as feiras fossem os locais mais importantes, para a compra e venda de produtos, embora existissem outros locais e outras formas de o fazer.

Louça de Barro Foto de Padroense | Olhares - Fotografia Online
Loiça de barro

 

As trocas diretas

Vinham cá ao povo vender coisas que se podiam adquirir, por troca com produtos de cá. Da Idanha, vinham louceiros vender pratos, malgas, em barro vidrado e fino; mas também barranhas, barranhões, cântaros e bilhas de barro mais grosso; não havia plástico, toda a loiça era de barro. Montavam a tenda ali à praça, quase sempre no curral da ti Conceição e aí ficavam dois ou três dias.

Trocava-se a loiça por sementes; mais, por pão, mas também podia ser por batatas, feijão, milho…, conforme o valor do que se comprava, assim era a quantidade de semente que se dava em troca. Por exemplo, podia-se comprar uma barranha por uma malga de feijão ou duas de milho; também se podia comprar a dinheiro, mas pouca gente o tinha.

Não era só loiça, também vinham vender, por exemplo, laranjas: uma barranha de laranjas por uma de batatas; como cá não havia laranjas, era uma festa para os miúdos se as mães fossem trocar batatas por laranjas.

 

Sem comentários:

Enviar um comentário