O comércio era muito pouco desenvolvido. Só se comprava o indispensável, para as pessoas, as casas e a vida do campo. Talvez, os mercados e as feiras fossem os locais mais importantes, para a compra e venda de produtos, embora existissem outros locais e outras formas de o fazer.
Loiça de barro |
As
trocas diretas
Vinham cá ao
povo vender coisas que se podiam adquirir, por troca com produtos de cá. Da
Idanha, vinham louceiros vender pratos, malgas, em barro vidrado e fino; mas
também barranhas, barranhões, cântaros e bilhas de barro mais grosso; não havia
plástico, toda a loiça era de barro. Montavam a tenda ali à praça, quase sempre
no curral da ti Conceição e aí ficavam dois ou três dias.
Trocava-se a
loiça por sementes; mais, por pão, mas também podia ser por batatas, feijão,
milho…, conforme o valor do que se comprava, assim era a quantidade de semente
que se dava em troca. Por exemplo, podia-se comprar uma barranha por uma malga
de feijão ou duas de milho; também se podia comprar a dinheiro, mas pouca gente
o tinha.
Não era só
loiça, também vinham vender, por exemplo, laranjas: uma barranha de laranjas
por uma de batatas; como cá não havia laranjas, era uma festa para os miúdos se
as mães fossem trocar batatas por laranjas.
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