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Tendas do mercado do Sabugal |
Os
mercados e as feiras do Sabugal
Há, no
Sabugal, dois mercados mensais, na 1ª quinta-feira e na 3ª terça-feira de cada
mês, e duas feiras anuais, a de São Pedro, dia 29 de junho, e a das melancias,
na 1ª quinta-feira de setembro.
As feiras
eram muito fortes, havia muitas tendas, muita gente a vender e a comprar. Era
um acontecimento para as aldeias, às vezes, dizia-se aos miúdos: “se te
portares bem, se fizeres isto ou aquilo, levo-te à feira”. Nos dias de feira,
até, podia haver baile, era como se fosse uma festa.
Primeiro,
ia-se ao mercado de burra, aparelhava-se com a albarda e os alforges, onde se
levava o que era preciso. Em cima, podia ir uma pessoa a cavalo e a segurar um
“talego” ou uma cesta, com o que fosse necessário levar, dependia da época do
ano e do que se tinha para vender. Num tempo em que quase não havia dinheiro,
tinha de se levar o que vender – podiam ser queijos, ovos, sementes, galinhas,
frangos..., o que houvesse em casa – para se poder comprar o que fizesse mais
falta, com esse dinheiro que se fazia.
Tinha de se
ir cedo e contar com as duas horas do caminho, para não se chegar tarde; quando
isso acontecia, já não se vendiam, nem se compravam, as coisas da mesma
maneira, embora os mercados fossem o dia todo. Quando se chegava,
descarregava-se a burra, onde se queriam deixar as coisas e ia-se prendê-la a um
certo lugar – quase todas as pessoas tinham, mais ou menos, um curral ou um
sítio onde pôr a burra em segurança.
Os mercados
já estiveram em vários locais, primeiro, eram dentro da vila, aí pela fonte,
rua das Tílias, espaço frente à câmara e ao chafariz e noutros sítios; depois,
foram mudados para a rua e o espaço perto cemitério e agora já são noutro
lugar. Havia o mercado das sementes, o mercado ovos, coelhos e galinhas; o
mercado do gado; e o mercado das tendas com loiça, ferragens, lata e latão, alumínio,
ouro (havia muitos ourives nos mercados), roupa, calçado...
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