quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Coisas dos mercados e feiras (1)

 Havia coisas típicas dos mercados e das feiras que foram desaparecendo com o tempo, mas que muitos ainda recordam, certamente.

O regateio

Nos mercados e feiras tinha-se de saber regatear, para se poder comprar por um preço mais ou menos de acordo com o valor do produto que fosse. Pediam sempre muito mais, às vezes, o dobro do valor. Fosse o que fosse que se comprasse, era preciso oferecer menos, muito menos. A única maneira de não comprar mal, era perguntar o preço da mesma coisa, em várias tendas, não comprar na primeira e começar por oferecer uma quantia baixa, para dar margem para o regateio. Os vendedores, sempre que podiam, sempre que tinham margem de lucro, entregavam as coisas; mas, quando podiam vender, deixavam as pessoas ir embora. E o freguês é que decidia se queria voltar lá ou não.

O reclame

Estava sempre o homem ou a mulher do reclame a anunciar o milagre da pomada da “banha da cobra” que curava tudo, que se podia pôr em todo o lado, só em cima de feridas é que não – muitas pessoas acreditavam nesta pomada do reclame; do chá africano que tratava todas as doenças; do remédio que aliviava os calos...e muitas coisas mais eram anunciadas.

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