As famílias que se reuniam
Quando a
situação o permitiu, quando arranjaram um trabalho e um alojamento, ainda que,
muitas vezes, sem grandes condições, os homens começaram a “chamar” as mulheres
e muitas famílias começaram a reunir-se.
Nesta
segunda leva, abalou tanta gente que, em um ou dois anos, na segunda metade da
década de sessenta, a população da aldeia ficou reduzida a um terço ou ainda
menos.
Cada dia,
era mais uma carteira vazia e mais uma casa fechada. Muitos meninos deixaram a
escola de um dia para o outro. Saíram a meio do ano, quando calhava, dependia
dos “papéis” que tinham de ter para ir.
A toda a
hora se ouvia: “Abalaram para a França. Já, abalaram”. Havia um sentimento de
perda, um sentimento de que nada voltaria a ser como dantes. E assim aconteceu.
Os meninos que ficavam com os avós
Mas, nem todas
as crianças partiram com as mães para junto dos pais; algumas, em idade escolar
ou mais pequenas, ficaram com os avós. Haveria diferentes razões, uns queriam
que os filhos continuassem a estudar cá e outros não teriam ainda as condições
para os poder levar, logo nessa altura. Certo é que, passados uns anos, quase
todas estas crianças se juntaram aos pais.
As mais
novas continuaram a escola francesa e começaram a trabalhar logo que a lei o
permitia.
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