Os meninos que ficavam com os avós
Mas, nem todas
as crianças partiram com as mães para junto dos pais; algumas, em idade escolar
ou mais pequenas, ficaram com os avós. Haveria diferentes razões, uns queriam
que os filhos continuassem a estudar cá e outros não teriam ainda as condições
para os poder levar, logo nessa altura. Certo é que, passados uns anos, quase
todas estas crianças se juntaram aos pais.
As mais
novas continuaram a escola francesa e começaram a trabalhar logo que a lei o
permitia.
As cartas do correio
O correio
era muito importante, nesse tempo. O contacto, entre os que emigraram e os que
ficaram, era feito por carta, só, muito raramente, no caso de haver alguma
aflição, se telefonava ou enviava um telegrama.
Mas, como
uma parte das pessoas, sobretudo, as de mais idade, não sabiam ler nem
escrever, pois, muitas delas, nunca tinham ido à escola, sempre que recebiam
uma carta tinham de pedir a alguém para a ler e depois para escrever outra de
volta. Pediam a alguém próximo, a um familiar ou a um vizinho, ninguém dizia
que não, qualquer pessoa lia e escrevia uma carta a alguém que precisasse.
Havia
pessoas que tinham todos os filhos na França, quatro, cinco e, até, mais,
quando pediam a alguém para lhes escrever uma carta, quase sempre aproveitavam
e escreviam a todos para não andarem sempre a incomodar.
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