quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Emigração - os meninos que ficavam com os avós, as cartas do correio

 

 

Os meninos que ficavam com os avós 

 

Mas, nem todas as crianças partiram com as mães para junto dos pais; algumas, em idade escolar ou mais pequenas, ficaram com os avós. Haveria diferentes razões, uns queriam que os filhos continuassem a estudar cá e outros não teriam ainda as condições para os poder levar, logo nessa altura. Certo é que, passados uns anos, quase todas estas crianças se juntaram aos pais.

As mais novas continuaram a escola francesa e começaram a trabalhar logo que a lei o permitia.

 

Uma caixa de correio antiga 


As cartas do correio

 

O correio era muito importante, nesse tempo. O contacto, entre os que emigraram e os que ficaram, era feito por carta, só, muito raramente, no caso de haver alguma aflição, se telefonava ou enviava um telegrama.

Mas, como uma parte das pessoas, sobretudo, as de mais idade, não sabiam ler nem escrever, pois, muitas delas, nunca tinham ido à escola, sempre que recebiam uma carta tinham de pedir a alguém para a ler e depois para escrever outra de volta. Pediam a alguém próximo, a um familiar ou a um vizinho, ninguém dizia que não, qualquer pessoa lia e escrevia uma carta a alguém que precisasse.

Havia pessoas que tinham todos os filhos na França, quatro, cinco e, até, mais, quando pediam a alguém para lhes escrever uma carta, quase sempre aproveitavam e escreviam a todos para não andarem sempre a incomodar.

 

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