Havia
emigrantes que diziam a familiares, vizinhos ou amigos: “Podes andar nos nossos
“chões”, podes apanhar as castanhas dos nossos soitos, podes ir à lenha que é
nossa...”. A partir daí, mesmo para os que nunca saíram, poucos, a vida
modificou-se muito e para melhor. Passados uns anos, foram ainda os emigrantes,
com a construção das casas, que deram trabalho nas obras a muitos homens daqui
e de fora.
O que
escrevi é memória da minha mãe, com quem conversei sobre todos os assuntos,
muitas horas e dias, mas é também memória minha que ainda vivi esses tempos. Há
uma pequena parte que envolveu alguma pesquisa bibliográfica, nomeadamente, no
que se refere ao primeiro capítulo.