Todos temos
um dever de memória, ainda mais, quando fomos testemunhas de um tempo que, em
muitos aspetos, já desapareceu. Por isso, escrevi estes textos. A intenção era
fazer a recolha de hábitos, modos de vida, costumes, tradições… – sobretudo,
das décadas de quarenta, cinquenta, sessenta e setenta do século passado e
deixar disso um registo escrito. No entanto, sempre que é necessário algum
enquadramento, falo de aspetos de um passado mais próximo ou mesmo do presente.
A razão por
que me centrei mais neste período teve a ver com o facto de ele, já, só existir
na memória de quem o viveu, mesmo que tenham decorrido menos de três gerações.
Saímos de um tempo antigo, parado, para um mundo onde as mudanças ocorrem a um
ritmo que é quase uma vertigem, em que não sabemos bem o que nos está a
acontecer e o que nos espera.
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