sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Dever de memória (1)


Todos temos um dever de memória, ainda mais, quando fomos testemunhas de um tempo que, em muitos aspetos, já desapareceu. Por isso, escrevi estes textos. A intenção era fazer a recolha de hábitos, modos de vida, costumes, tradições… – sobretudo, das décadas de quarenta, cinquenta, sessenta e setenta do século passado e deixar disso um registo escrito. No entanto, sempre que é necessário algum enquadramento, falo de aspetos de um passado mais próximo ou mesmo do presente.
A razão por que me centrei mais neste período teve a ver com o facto de ele, já, só existir na memória de quem o viveu, mesmo que tenham decorrido menos de três gerações. Saímos de um tempo antigo, parado, para um mundo onde as mudanças ocorrem a um ritmo que é quase uma vertigem, em que não sabemos bem o que nos está a acontecer e o que nos espera.

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