Agricultura
A
agricultura era a base da subsistência de toda a gente. Todas as pessoas
semeavam o muito ou o pouco que tinham. Havia lavradores maiores, com uma junta
de vacas ou até mais, e havia quem não tivesse nenhuma, por não ter terrenos.
As pessoas que não tinham terrenos onde semear arrendavam um chão, quando isso
era possível, ou cultivavam as terras dos outros de quartas e até de quintas.
Cultivar de quartas e de quintas
Quando se
tratava de quartas, ficava uma parte para quem cultivava e três partes para o
dono do chão; quando se tratava de quintas, era ainda pior, davam-se quatro
partes e ficava-se com uma. Mas, apesar, de ser muito trabalho e muito pouco lucro,
para algumas famílias, não havia outra saída.
Principais culturas
As culturas
principais eram a batata, o feijão, o milho e o pão, também havia quem
cultivasse gravanços.
A batata
A batata
cultiva-se cá há mais de duzentos anos – já vem referida no livro de 1758 –
chamavam-lhe nessa altura “castanha da índia”, parece ser uma cultura muito
adaptada aos terrenos daqui, dá-se bem em muitos lados, sobretudo, nos terrenos
mais baixos e com água.
Semeada em
março e abril, é uma cultura que precisa de muito trabalho, tem de ser
"esgarranchada", sachada, regada, cada oito dias, até estar criada e
se poder tirar, lá para o princípio de setembro.
As batatas guardam-se numa tulha, nas lojas; quando
são precisas, vão-se buscar aí,