Os
acompanhamentos
Durante os
cinco domingos, a seguir ao funeral, faziam os acompanhamentos. Antes da missa,
ia-se à casa da pessoa e rezava-se lá dentro e cá fora. Rezava-se, também, ao
fundo do povo e à porta da igreja.
Ao
acompanhamento vinham, sobretudo, familiares ou amigos da pessoa falecida; mas
também vinham pessoas só conhecidas, das aldeias vizinhas. No final da missa,
rezava o senhor padre, e depois rezavam no alpendre, ao fundo do povo e junto
da porta de casa.
Os
acompanhamentos ainda hoje se fazem, mas já só se reza na igreja. Reza-se por
todas as pessoas, até, pelas que morrem em França e lá são enterradas, desde
que um familiar ou alguém próximo fale com o senhor padre.
Alumiar
os defuntos
Ao fundo da
igreja, naquela altura, não havia bancos, do lado direito, frente às escadas do
coro, uma pessoa da família, ao início da missa punha velas a alumiar pela
intenção da pessoa falecida. Usavam-se para isso uns suportes de madeira, com
buracos apropriados para colocar as velas.
Se acontecia
haver vários acompanhamentos, ao mesmo tempo, de cá e das anexas, da Quinta do
Clérigo e do Espinhal, era uma quantidade grande velas a arder durante toda a
missa. Este uso acabou, há muito tempo.
O
luto
Havia um
luto muito rigoroso, para toda a família, mas mais para as mulheres, vestiam-se
todas de preto, até, de lenço e xaile na cabeça, nos primeiros tempos. Punham
luto pelos pais, durante dois anos; pelos irmãos, um ano; pelos maridos e
filhos, cinco anos ou mais, algumas, toda a vida.
Agora,
têm-se do luto outro entendimento, cada um faz como acha melhor.
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