É hoje
impossível imaginar como era a vida, nas aldeias desse tempo. “Ia-se pelo povo
acima e o que se ouvia era o baralho dos teares e das máquinas de cozer”.
Também, existiam pequenas oficinas para transformar produtos ou fazer pequenas
reparações.
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O ferreiro |
Os
ferreiros
As forjas
eram pequenas oficinas, onde trabalhavam os ferreiros. Cá houve sempre a de um
senhor chamado Júlio Tracana, primeiro, aqui ao terreiro, quando se volta para
a travessa que vai para a rua da Carreira, uma casinha pequena; depois,
mudou-se lá para o cimo do povo. Nas forjas, havia sempre o lume aceso e uma
grande “borralha”, onde o ferreiro punha o ferro a aquecer, para o destemperar,
para ficar “a modo” de poder ser batido, com um martelo; o ferro destemperado,
tomava a forma que o ferreiro queria.
Não havia
soldas, nem nada, consertavam as coisas com pequenos arranjos; partia-se um pé
a uma panela de ferro, tinha de se arranjar maneira de não vazar a água, colocavam-lhe
uma espécie de parafuso, com uma chapinha. Os ferreiros, daqui, não faziam
peças de ferro: sachos, enxadas, panelas, cadeias…, eram só um fraco remedeio.
Os
ferreiros, também, ferravam as burras e as éguas, nessa altura, o meio de
transporte mais usado e, por isso, tinham de andar sempre bem “calçadas”.
No Espinhal,
havia um ferreiro, um senhor chamado José, que já fazia outras coisas, portas e
janelas para as casas e grades para as varandas e os varandins.
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