As presas
Perto das
fontes, havia uma presa para lavar a roupa. A presa da fonte Velha já não
existe, foi desfeita, tiraram os lavadouros e aterraram-na, primeiro para fazer
um grande largo, onde faziam os bailes, pelas festas e outros encontros e
convívios; mais tarde, fizeram a sede da Associação e o pavilhão multiusos.
A presa da Fonte Velha
Junto à
presa da fonte Velha, havia uma lameirinha, sempre de erva rente, para se pôr a
roupa a corar – quando se punha roupa a corar, ensaboava-se muito bem e ia-se
molhando, de vez em quando, porque, se secasse, ficava com uns vincos difíceis
de sair – o sol tirava as nódoas e punha tudo branquinho. Não havia nem fios,
nem molas, a roupa punha-se a secar naquelas paredes e silvas. Era preciso
muito cuidado, para não rasgar a roupa.
A presa da Fonte Nova
A presa da
fonte Nova ainda hoje lá está, ao cimo da rua da Carreira, do lado direito[1].
A água vem da fonte Nova atravessa a rua, por um pequeno aqueduto, empedrado,
agora, com manilhas de cimento. Os lavadoiros, ainda lá estão, são pedras
retangulares, grandes e linhas para se poder lavar sem romper a roupa. Como
ficava num lameiro com dono, havia pouco espaço para pôr a corar e para
estender, por isso, muitas pessoas preferiam a outra presa, embora a água da
presa da fonte Nova estivesse mais limpa que a da fonte Velha.
[1] Foi há muito pouco tempo
reabilitada; pode lavar-se nela, mas as pessoas já não têm esse costume.
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