As presas do ribeiro e do ribeirinho
Durante o
inverno e grande parte da primavera, lavava-se também a roupa em dois ribeiros:
o ribeiro do cimo do povo e o ribeirinho ao fundo do povo. A água é de uma
barroca que vem lá dos lados da Sangrinheira, atravessa o povo e corre para os lados
de Vale Mourisco. Entancava-se a água numa espécie de presa e lavava-se lá bem,
tinha lavadoiros e sítios para pôr a corar e para estender, embora pequenos;
quando havia água no ribeirinho, as pessoas do fundo do povo não iam para outro
lado lavar a roupa, tal como as do Calvário, quando havia água no ribeiro, não
iam lavar a outro lado. O problema é que, ainda antes de entrar o verão, a água
da barroca já não era suficiente para poder ser desviada para estas presas,
chegando mesmo a secar.
Mais tarde,
quando começou a haver água em casa, as pessoas compraram pequenos tanques de
cimento para lavarem a roupa e deixaram de lavar nas presas. Agora, já nem
esses tanques se usam, todas as pessoas têm máquinas para lavar a roupa.
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