O cemitério antigo
O cemitério antigo |
O primeiro cemitério foi dentro da igreja, era assim há mais de duzentos anos. Quando essa prática foi proibida, no século XIX, fizeram o cemitério junto à igreja, em 1878, e trasladaram para lá os ossos que encontraram na igreja. Havia, pessoas antigas que ainda se lembravam disso.
Este cemitério
tem uma inscrição à entrada, do lado direito do portão, que diz: “Ó tu, quem quer
que és, repara como eu estou, eu já fui como tu és e tu serás como eu sou” – é como
que um pedido, um clamor, para os que passam tomem consciência de tudo termina
ali.[1]
É pequeno e
sem ordenação adequada; as pessoas sepultavam, mais ou menos, onde calhava; havia
um sítio para os “anjinhos”, logo à entrada, de um lado e do outro, o restbens pante
terreno foi todo ocupado, com sepulturas. As famílias guardavam as campas dos
familiares falecidos para enterrarem outras pessoas da família – ainda agora é
assim.
Parecia
haver sempre lugar, mas quando se começaram a colocar as campas, e a junta de
freguesia começou a vender o terreno das mesmas, já nos anos oitenta, o espaço
foi diminuindo, até ao ponto de não haver lugar livre. Agora, neste cemitério,
continuam a ser enterradas as pessoas que desejam ficar nas campas de
familiares.
O cemitério novo
O cemitério novo |
O cemitério
novo, não muito longe do antigo, foi construído num terreno, doado pela D.
Emília Saldanha, e cumpre as regras para a construção de cemitérios, desta
dimensão: muros altos, um portão de ferro; uma ala central, empedrada, e uma
mesa em pedra para colocar a urna, enquanto se fazem as últimas orações; dois campos
de enterramento, um de cada lado, com tabuletas numeradas; um passeio interior
a toda a volta do muro; e um chafariz com água. O enterramento faz-se de forma
ordenada.
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