Varrer
Havia sempre
uma vassoura feita de giestas para varrer as casas e as varandas. Arranjava-se
um molhinho de giestas, com os toros para um lado e a rama para o outro,
punha-se um “arganel”, feito também de giesta, a unir os toros, e, com uma faca
ou uma podoa, arredondava-se a rama – estava a vassoura feita. Também se faziam
de junça; depois de seca, fazia-se um entrançado, na parte de cima, para a
junça ficar toda virada para baixo, arredondava-se e punha-se-lhe um cabo de
pau. Eram mais bonitas e duravam mais; as vassouras de giestas secavam rápido e
depois varriam mal.
Roçar
As casas
também se roçavam, com água e sabão: ia-se molhando o soalho, com um pano do
chão, punha-se sabão por todo o lado, roçava-se com uma escova de “piáça”, no
fim, limpava-se outra vez com água limpa. Havia casas que estavam sempre num
“brinquinho”, mais, as que tinham raparigas novas que se davam a esse brio;
havia outras que era como calhava, umas pessoas varriam todos os dias e roçavam
todas as semanas e outras só o faziam de vez em quando, pelo menos roçar.