A casa
ocupava grande parte da vida das mães e até das filhas, logo que podiam fazer
alguma coisa, começavam a ajudar as mães.
A lida da casa
Pela manhã,
ainda cedo, todas as pessoas acendiam o lume para fazer uma sopa de feijão, de
couves ou só de batatas, temperada com um bocadinho de "untura" e um
fio de azeite, para o almoço. Ao meio-dia, era o jantar – não se chamava
almoço, como agora – comiam-se batatas no molho, com azeite e cebola, ou algum
enchido, se havia.
Pela tarde,
podia-se comer um bocado de pão seco, sem nada, ou com um bocadinho de queijo,
chouriça, carne gorda, azeitonas..., dependia sempre das posses das pessoas e
da época do ano. À noite, à ceia, outra vez sopa de couves, de feijão, de
nabo..., fazia-se de muita coisa. Tudo cozinhado
em panelas de ferro e ao lume; só, no princípio dos anos setenta se começaram a
comprar os primeiros fogões a gás.
A loiça
Como se tinham
de fazer as viandas dos porcos, passava-se a loiça primeiro em água quente,
para tirar a gordura e depois em água limpa; lavava-se em alguidares de lata,
em barranhas de barro ou em caldeiros. Depois de lavada, deborcava-se numa
barranha e cobria-se com um pano, até à próxima refeição.