Nesse tempo mais antigo, quase ninguém falava em ir ao médico; não havia dinheiro. Se alguém adoecia, faziam-se rezas, chás e outros remédios caseiros, por vezes, ia-se ao “barbeiro”, na esperança de que a pessoa pudesse melhorar.
Crenças
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Acreditava-se na má sorte, no mau-olhado, no mal da inveja, no rogo de pragas,
em estar possuído por espíritos..., e para todos estes males havia rezas,
benzeduras e remédios caseiros.
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Acreditava-se nas luas: na lua nova, não se podia nem matar o porco, nem semear
os alfobres, nem as batatas, nem muitas outras coisas; só no quarto crescente e
na lua cheia se podiam fazer as sementeiras, as matanças, o que fosse.
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Acreditava-se que o mocho, com aquele piar triste e medonho, anunciava a morte
de alguém. Quem o ouvia pensava, logo, no pior. Algumas pessoas diziam: - Ladrão!
Vai para longe que não te quero ouvir”. Outras não lhe davam importância,
diziam: - É o cantar dele.
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Acreditava-se que ver um gato preto, passar debaixo de umas escadas, entrar com
o pé esquerdo num local, dava má sorte.
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Acreditava-se que quando duas pessoas diziam a mesma coisa, ao mesmo tempo,
dava má sorte. Dizia-se, logo: “O diabo seja cego, surdo e mudo” e tocava-se na
madeira.
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Acreditava-se que as sextas feiras eram dia embruxados, mais ainda se fosse
sexta-feira, treze.
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