Era uma festa popular muito forte, com sermão, missa cantada, banda de música, foguetes e um tocador de concertina para o baile da tarde.
A
alvorada
Era a
primeira coisa do dia, logo de manhã, esperava-se que chegasse a guarda
republicana, para se dar início à alvorada; era preciso tirar uma licença para
se poder deitar o fogo e também era obrigatória a presença das autoridades. O
fogueteiro, muitas vezes, um senhor chamado Joaquim Pires, deitava, logo ali,
umas dúzias valentes de foguetes. Às vezes, estavam quase vinte minutos a
deitar foguetes.
O fogueteiro
deitava o fogo, em cima de uma parede, um bocadinho afastada do povo; as canas
caiam por todo o lado e os garotos andavam logo a apanhá-las. Nesse tempo, a
alvorada anunciava se a festa ia ser forte ou não: “deitaram uma grande
alvorada!”
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