O
dia de todos os santos
Todos os
anos, no dia 1 de novembro, se faz a romagem ao cemitério. Nessa altura, só
havia uma campa e algumas cruzes, as restantes sepulturas estavam, apenas, com
duas pequenas pedras, ao cimo e ao fundo. No entanto, quase ninguém perdia de
vista as campas dos seus familiares, cavavam-nas e compunham-nas, nesse dia,
com carvalhas.
A romagem é
um momento muito sentido, o senhor padre pede por todas as pessoas, pelos pais,
pelas mães, pelos filhos, pelos jovens, pelos sepultados noutros cemitérios da
freguesia, pelas almas do purgatório, por todos os falecidos...
Agora, há
dois cemitérios, quase toda a gente tem campas, mas compõem tudo muito bem e
com muitas flores naturais, carvalhas, crisântemos e outras, também, colocam
velas a arder; algumas pessoas que vivem fora, nesta altura, vêm compor as
campas e participar na romagem aos cemitérios.
O
mês das Almas
Durante o
mês de novembro, rezavam na igreja um terço pelas almas de todas as pessoas
falecidas e almas do purgatório.
O
Natal
No Natal,
uns dias antes faz-se o presépio na igreja. Sabe-se que o culto ao Menino Jesus
é muito antigo nesta igreja. Antes, as mordomas faziam o presépio com musgos,
heras, um pinheiro e muitas imagens, algumas bastante antigas; faziam-no, aí,
ao altar do Imaculado Coração de Maria.
Começava com
a gruta, o Menino, Nossa Senhora e São José, e continuava com a representação
da aldeia de Belém, com casas, ovelhas, pastores, artesãos..., o que podemos imaginar
poderia existir numa aldeia daquele tempo.
Agora, fazem
um presépio mais pequeno, ainda que estejam sempre presentes as imagens
principais.
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