O vestuário
Vestir e
calçar, em casas com muita gente, tinha de ser uma grande preocupação. A roupa
ficava de uns irmãos para os outros, havia meninos que nunca tinham roupa nova,
nem se falava nisso, até, o vestido do batizado era sempre o mesmo, servia para
os filhos todos. Claro que, em algumas famílias, não era assim.
A roupa da «cote» e dos domingos
Aos bebés
punham-se cueiros, uma espécie de fralda, presos com um alfinete de segurança,
que se comprava na farmácia; por cima do cueiro, uma envolta, um pano quadrado,
que desse bem para enrolar. O mais eram casaquinhos e garruços de lã, quase
sempre já usados. Quando começavam a andar, às meninas vestiam vestidinhos e
aos rapazes calças e camisas.
A roupa
resumia-se à da “cote” e à dos domingos. A da “cote” era roupa velha, de todos os dias,
muitas vezes, remendada. A dos domingos era roupa boa, mas não precisava de ser
nova, bastava estar lavadinha e passada a ferro. As meninas vestiam uma saia e
uma blusa e punham um lenço ou um “véuzinho” na cabeça, não iam “destapadas” à
igreja. Os rapazes vestiam umas calças, uma camisa e um casaco por cima.